Com toda certeza Antonio Lobo e os demais fundadores da Academia Maranhense de Letras, estão se retorcendo em seus respectivos túmulos, porque Inopinadamente, a literatura maranhense é vergonhosamente atirada na lixeira política. 

Desconhecer o conhecimento jurídica do professor constitucionalista Flávio Dino, seria no mínimo andar pela contramão das evidências.Todavia, isso não vem ao caso, ou melhor, não o credencia para ser imortal da AML, haja vista que tal eleição, além de ser o suprassumo da bajulação e da subserviência política, colide frontalmente com o Estatuto da Casa de Antonio Lobo, que não obstante ser Flávio Dino, o reconhecido exímio professor universitário, não consta que tenha publicado uma única obra, nem mesmo uma quadrinha de "pé quebrado".

O fato de substituir seu pai, o grande homem de letras Sálvio Dino, também não justifica. O meu amigo Sálvio, que era um fervoroso defensor da ética e da moral, jamais concordaria com tão sórdido despautério.

Fato idêntico, aconteceu na década de 1970, quando outra avalanche de bajuladores imortalizou na mesma academia, Pedro Neiva de Santana, quando também era investido no cargo de Governador do Maranhão. Para protestar, o grande Nascimento de Moraes Filho, renunciou à condição de imortal da AML, sob a alegação que Pedro Neiva, apesar de grande médico e professor universitário, não tinha nem uma obra publicada. Essa atitude de Nascimento de Moraes, além de histórica, o deixou imortalizado na imaginária Academia Moral dos Homens Desassombraos e Independentes do Maranhão.

Não é nem uma novidade que Flávio Dino tem se esforçado exaustivamente para superar ou pelo menos se equiparar a José Sarney. No campo político, tentou sem sucesso ser candidato a presidente da República. E, no campo literário é humanamente impossível se tornar um grande escritor sem escrever pelo menos uma página literária.

J. J. Pereira - jornalista DRTMA 00613JP é curto e grosso.