Faltando oito meses para deixar o cargo de governador, Flávio Dino defende o fim do ICMS, mas não manda reduzir o imposto
O Maranhão ostenta a maior taxa de ICMS sobre o combustível, que é de 30%. Para que se tenha ideia, até o mês de junho passado, a população já colocou nos cofres do tesouro estadual quase R$ 4 bilhões com a aliquota.
A cobrança abusiva do imposto sempre foi denunciada por puocos parlamentares, talvez três apenas, mas sempre defendida pelos governistas e, principalmente, pelo governador. Fingindo não entender o quanto custa tirar do bolso do contribuinte 30% a cada litro, ou pouco mais de R$ 1,5, Flávio Dino mantém a fake news de que pagamos a menor taxa, o que não é verdade. Vários outros estados cobram até 25%, a exemplo do Amapá.
Agora, quando vai deixar o cargo de governador até mesmo antes de abril, o governador do Maranhão começou a defender o fim do ICMS, o que não fez durante sete anos de governo. Bem que poderia ter mantido a aliquota menor e não teria contribuido para aumentar o preço dos combustíveis.
Para acabar com o imposto, o Governo Federal teria que enviar a proposta no bojo da reforma tributária para o Congresso Nacional. E não se assuste, caro leitor, se eleito senador da República, seja essa a primeira bandeira de Flávio Dino.