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QUATRO ANOS SEM JOÃO CASTELO

QUATRO ANOS SEM JOÃO CASTELO

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Vivo hoje, o grande líder João Castelo Ribeiro Gonçalves, de saudosíssima memória, estaria completando 84 anos. 

Castelo nasceu em Caxias há 19 de outubro de 1937. Filho do desembargador Thales do Amarantino Ribeiro Gonçalves e de Maria Antonieta da Cruz Castelo Branco Ribeiro Gonçalves. 

De escriturário do Banco da Amazônia, chegou à presidência daquela instituição de crédito com 28 anos de idade.

Em 1970, com 33 anos de idade, decidiu enveredar pela política partidária pleiteando uma cadeira na Câmara Federal pela Aliança Renovadora Nacional-ARENA, sendo o mais votado. Arrojado, competente e muito devotado ao trabalho e as grandes causas do Brasil e do Maranhão, foi eleito pela Grande Imprensa Nacional, como um dos dez melhores e mais atuantes deputados federais do Brasil, ao lado de Domingos Freitas Diniz, outro maranhense que foi brilhante, mas empunhando a Bandeira da oposição, na é poca, polarizando com a ARENA cumprindo o critério do bi-partidarismo, o Movimento Democrático Brasileiro-MDB.

Em 1974, Castelo, se reelege com folga, ficando em quarto lugar em razão de atender um pedido de Sarney para abrir mão de municípios da sua base eleitoral em favor de Magno Bacelar e Luis Rocha, numa estratégia que deu certo, porque os três conseguiram a vitória.

Em 1978, Castelo é eleito pelo sistema de eleições inderetas para Governador do Maranhão. Para esse feito, teve que ser muito habilidoso nas negociações em Brasília, haja vista que o nome do candidato governista era uma prerrogativa inarredável do Palácio do Planalto.

 

Fez uma das mais arrojadas e progressistas de todas as administrações da história maranhense. Entre as mais de cinco mil obras espalhadas por todo o Estado, está o Estádio Castelão, a ponte Bandeira Tribuzi e os conjuntos habitacionais: Cidade Operária, Maiobão, IPEM-Bequimão além de outros.

 

Em 1982, o caxiense se elege como senador da República, mas logo é obrigado a romper com o governador Luis Rocha, e consequentemente com o então senador José Sarney. 

 

Em 1986, ousou em pleitear pelo voto direto o retorno ao Palácio dos Leões. No entanto, foi brutalmente esmagado pelo já presidente da República, José Sarney e o governador Luis Rocha, perdendo para Epitácio Cafeteira, e logo em seguida, volta ao Senado, resignado e com a paz na consciência pelo dever cumprido.

 

Em 1990, João Castelo voltou muito forte com apoio de todos os seguimentos partidários da oposição estadual para enfrentar outra nova jornada cívica rumo ao governo estadual.Todavia, outra vez teve seu projeto triturado vergonhosamente por Sarney, que contando com o apoio do presidente do entãoTribunal de Justiça, levou para o cargo de Governador o prefeito de Bacabal João Alberto de Sousa, numa manobra sórdida e espúrias contrariando a Constituição e todos os princípios éticos da vida democrática brasileira, elegendo no segundo turno Edison Lobão, que foi contemplado com a mão de ferro de João Alberto e de uma forte musculatura da Justiça estadual.

 

Sem mandato, Castelo dedicou-se às suas atividades empresariais, retornado em 1998 como deputado federal. 

 

Castelo teve a honra de ser prefeito de São Luis e em deguida, voltou à Câmara dos deputados, não concluindo o mandato, porque infelizmente morreu em 11 de dezembro de 2016 em Luis do Maranhão.

 

O grande homem pública era casado com Maria Gardênia Ribeiro Gonçalves, de cujo consórcio nasceram os filhos: Thales do Amarantino Ribeiro Gonçalves Neto (falecido), Maria Gardênia ( Gardeninha ) e João Castelo Ribeiro Gonçalves Filho.

 

J. J. Pereiras - jornalista DRTMA 00613JP

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