A POLÍTICA MARANHENSE RETROCEDE E REEDITA 1965
Em 1965, um inopinado desentendimento entre o governador Newton Belo e o senador Vitorino Freire, provocou um "racha" lesionando de morte a oligarquia vitorinista que há quase duas décadas imperava no Maranhão.
Não aceitando as imposições do chefe da oligarquia, Vitorino de Brito Freire, o governador Newton Belo decidiu irreversívelmente lançar o nome do então prefeito de São Luis, Antônio Eusébio da Costa Rodrigues, para concorrer ao governo do Estado, a princípio pelo PSD, que numa rasteira espetacular, Vitorino desbancou Newton Belo da agremiação partidária, obrigando-o a encontrar guarida no PDC.
Lideranças ligadas ao Governador Newton Belo e ao oligarca Vitorino Freire, se reuniram exaustivamente em busca de um consenso político. Vários nomes foram sugeridos como candidatos de conciliação, e entre tantos, figurava com livre trânsito nos corredores palacianos, o deputado federal Joel Barbosa Ribeiro, nascido na fazenda Almécegas município de Parnarama, que à época tinha dois irmãos prefeitos: Luis Barbosa Ribeiro, de Parnarama, Djalma Babosa Ribeiro de Buriti Bravo e mantinha na Assembléia Legislativa o deputado Lauro Barbosa Ribeiro, tembém seu irmão e grande líder do leste maranhense.
Não havendo consenso, Newton Belo seguiu apoiando Costa Rodrigues e Vitorino Freire partiu decididamente com a candidatura do jovem deputado federal e capitão de fragata da Marinha brasileira, Renato Archer Bayma da Silva.
Diante desse fato, com o apoio do deputado federal Clodomir Teixeira Millet, o jovem deputado federal José Sarney, foi abraçado pelas Oposições Coligadas e por um grupo de poetas e intelectuais, além de lideranças políticas de todos os rincões do Estado, que não aguentavam mais o veneno impiedoso e tirano das carabinas vitorinistas.
Como não poderia ser diferente, na eleição de 03 de outubro de 1965, a votaçã de Sarney superou os votos dos seus dois adversários, ainda que somados.
José Sarney fez um governo vibrante e progressista, consagrando-se como o maior líder político de todos os tempos da história maranhense.
Agora, passados 56 anos a história se repete. Flávio Dino parece que encarna o espírito de Newton Belo, que por falta de pulso e liderança, não consegue evitar que o senador Weverton Rocha, venha de fato a se opor à candidatura do vice governador Carlos Brandão, pseudo preferido das patas dos leões de bronze.
Repetido o capítulo de 1965, vislumbra-se uma esmagadora vitória protagonizada pelo perseguido deputado Josimar de Maranhãozinho, com a imprescindível aliança com o senador Roberto Rocha e outros líderes oriundos de todas as correntes oposionistas.
Se confirmado esse quadro, um segundo turno tornar-se-a inevitável, e logicamente apontando vitória para a oposição, que com toda certeza terá um franco e profícuo diálogo com a banda distoante do governo.
J. J. Pereira - jornalista DRTMA 00613JP é curto e grosso.