Português (Brasil)

ADIAMENTO DA DECLARAÇÃO DE APOIO DE ROSEANA AO DINISMO É ESTRATÉGIA DE CARLOS BRANDÃO

ADIAMENTO DA DECLARAÇÃO DE APOIO DE ROSEANA AO DINISMO É ESTRATÉGIA DE CARLOS BRANDÃO

Compartilhe este conteúdo:

 

 

Roseana Sarney, é uma consagrada liderança da política maranhense. Como gestora do Estado em quatro mandatos, não levou para o Palácio dos Leões, a condição de menina mimada de seu pai, José Sarney. Mostrou que é competente e com determinação e movida pelo amor ao Maranhão, deu conta da sublimada e cívica missão.

Com a nobre missão de ser a sucessora do grande líder José Sarney, Roseana ingressou na vida partidária em 1990, conquistando seu único mandato de deputada federal pelo Partido da Frente Liberal-PFL. Uma sigla idealizada pelo então presidente da República, José Sarney, para abrigar os remanescentes do Partido Democrático Social-PDS. 

 

Na Câmara Federal, ganhou fama em todo o Brasil, como a musa do impeachment que defenestrou Fernando Affonso Collor de Melo da Presidência da República.

 

Em 1994, ainda pelo PFL, já famosa e respeitada por todos os segmentos políticos, a musa do impeachment, numa disputa acirrada com Epitácio Cafeteira, se elege governadora do Maranhão, consagrando-se como a maior e mais fulgurante estrela da vida pública contemporânea do Estado, realizando uma administração profícua e arrojada, voltada principalmente para as comunidades de base, através do memorável programa "Comunidade Viva". Em 1998, com essas razões, Roseana, embora recuperando-se de uma delicada cirurgia em São Paulo, foi reeleita com mais de 78% dos votos, esmagando mais uma vez seu teimoso opositor Epitácio Cafeteira.

 

Em 2002, chegou a declarar sua intenção de alçar voo para a Presidência da República. Mas ao atingir o real favoritismo, principalmente no Sul do País, foi vítima de um golpe brutal e leviano por parte do candidato do PSDB, José Serra, capitaneado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso. 

 

Diante dos efeitos devastadores de uma operação da Polícia Federal, maldosamente arquitetada contra seu esposo, Jorge Murard, Roseana teve que recuar, optando por uma candidatura ao Senado da República. Consolidada essa decisão, o vice governador José Reinaldo CarneiroTavares, assume a titularidade do governo e parte para a reeleição com apenas 3% nas intenções de voto. Contudo, com o apoio do grupo Sarney e das patas dos leões de bronze, derrota o ex-prefeito de São Luis, Jackson Lago.

 

Tudo parecia tranqüilo, dentro de uma aparente harmonia compatível com a brisa suave soprada do Atlântico. Contudo, aos poucos, foi impossível ocultar os tititis; José Reinaldo incorpora o espírito de Lázaro de Melo e rompe com a família Sarney. Fruto de uma ideia sórdida e traiçoeira que teria nascido da cabeça de sua efêmera amada esposa, Alexandra Tavares.

 

Em 2006, sentado na confortável cadeira governamental, José Reinaldo coloca todos os órgãos estaduais e toda o veneno de sua ira pérfida a serviço da candidatura do seu antigo concorrente Jackson Lago, com o objetivo exclusivo de derrotar a guerreira, que embora palmilhando o terreno minado pelo poder, tentava retornar aos Leões. 

Sob a batuta do visível uso do poder econômico, Roseana foi derrotada e humilhada nas urnas na segunda etapa do certame. No entanto, não se conformando com os métodos imorais como se procedeu a eleição, foi buscar guarida no Tribunal Superior Eleitoral-TSE, e à luz da Justiça, conseguiu, embora tardiamente, a vitória almejada. E, na condição de colocada dentro do percentual da lei, volta em 2009 à soberana cadeira do imponente Palácio do Leões.

 

Em 2014, Roseana lança o senador Edison Lobão Filho, para lhe suceder no governo do Estado. Mas foi triturado nas urnas pelo ex-juiz federal Flávio Dino. 

 

Em 2018, Roseana arrisca um confronto com o governador Flávio Dino, que concorria a reeleição no pleno exercício do cargo. Outra vez prevaleceu a força dos Leões e Dino se reelege com facilidade.

 

AGORA A HISTÓRIA É OUTRA

 

Com a reivestidura de Flávio Dino na honrosa e histórica condição de mandatário maranhense, Roseana manteve-se em silêncio até há poucos meses, e pouco se manifestou nas eleições municipais de 2020. No entanto, decidiu assumir a presidência da Executiva Estadual do seu partido, o MDB e se reintegra à vida partidária.Todavia, vem declinando de voltar a se candidatar a governadora, embora seja a primeira colocada em todas as pesquisas. Mas estando sem estrutura, sem força governamental e com um considerável índice de rejeição, prefere conquistar uma cadeira na Câmara Federal. 

 

TUDO PREVIAMENTE COMBINADO

 

Nessa semana, o titular do blog jjpereira.com, conversou com o ex-deputado Rubens Pereira ( Rubão ), tido nas rodas de conversas palacianas como um bom estrategista político. Segundo Rubão o apoio de Roseana à pre-candidatura do vice governador Carlos Brandão, já está devidamente acertado. Estrategicamente, os deputados federais e estaduais do partido partem na frente para no momento certo, Roseana fazer sua declaração solene de apoio, alegando que foi obrigada a seguir a maioria do partido ( mera e débil desculpa ).

 

Rubão disse ainda, que, na marcha irreversível do senador Weverton Rocha para concorrer ao governo pelas fileiras da oposição, o governo evita dar motivos para que o "foguete" justifique seu rompimento com as forças palacianas. E, é principalmente por essa razão que a declaração de apoiou da ex-governadora está sendo postergada.

Compartilhe este conteúdo: