DESPERDÍCIO DO PRETÉRITO
Sessenta e sete anos pelas estradas tortuosas da vida. Com toda certeza milhões como eu, até a metade dessa idade, jamais pensaram que a vida é um bem precioso, porém finito. Também jamais previram que as forças físicas viessem a ficar exauridas. Os belos instantes do passado embriagaram as almas juvenis. A mocidade, em sua maioria nunca teve tempo para prever as agruras do futuro. Até Deus, a figura sagrada e máxima da cristandade também se fez utopia. Os ensinamentos dos pais eram motivos de desprezo e zombaria. Entretanto, a realidade nos bate à porta. Sofremos pelos nossos erros e pecados, vendo nossos filhos repetirem tudo o que fizemos.
Agora, não tenho tempo para reuniões fantasiosas. Vejo que o fim se aproxima. Quero tudo em tempo real, sem rodeios, sem promessas. No entanto, ainda tenho tempo para volver o olhar para o passado a buscar experiências para ofertar aos jovens. Tenho tempo para o Amor e tempo contínuo para o Deus da minha FÉ e da minha submissão.
J. J. Pereira-jornalista DRT/MA 00613JP é curto e grosso.