Nessa terça-feira (09), a jovem juíza de Direito Sheila Silva Cunha, da Comarca de Parnarama, presidiu com o equilíbrio de sempre a sessão do Tribunal Popular de Júri em que sentava no banco dos réus Victor Emanuel de Sousa Benvindo, alcunhado de "Vitinho" acusado de haver tentado contra a vida de Samuel dos Santos Lima, com dois disparos de arma  de fogo em 21 de novembro de 2019 no bairro Agrovema, em Parnarama. 

As únicas testemunhas  até então consideradas de acusação, foi a própria vítima Samuel dos Santos Lima e seu pai Paulo César Lima, que inusitadamente negaram tudo o que haviam afirmado na fase do Inquérito Policial e na Audiência de Instrução e Julgamento perante a MM  juíza de Direito da Comarca.

Essas inopinadas negativas testemunhais deixaram o promotor Renato Hígor Vitorino Aragão desprovido de argumento para tentar persuadir o Conselho de Sentença. 

O defensor público Samuel Pio Vilanova Rodrigues, titular do Núcleo de Pastos Bons, que respondia interinamente por Parnarama, talvez tenha feito a defesa mais fácil da sua trajetória jurídica, haja vista que as testemunhas já haviam protagonizado previamente a defesa, contrariando os termos contidos em depoimentos anteriores. 

No entendimento de curiosos presentes na galeria, a atitude das testemunhas poderia ser interpretada como "falso testemunho".

Por absoluta ausência de provas testemunhais o Conselho de Sentença absolveu o réu por unanimidade. Todavia, Victor Emanuel de Sousa Benvindo, continuará preso por responder outras acusações criminais.