O governador Flávio Dino insiste em subestimar a inteligência do povo maranhense.Traído pelo destino e acoado pelas circunstâncias políticas, o governador e pre-candidato ao Senado, foi obrigado a declarar apoio à pre-candidatura de seu vice Carlos Orleans Brandão Filho, à sucessão estadual, haja vista sua inevitável investidura na titularidade leonina em abril deste ano.

Aparentemente, o grupo político que içou Flávio Dino por duas vezes ao governo do Maranhão, está dividido em três pedaços encabeçados por esquerdistas ferrenhos e empedernidos. 

Pela ótica real, essas três vertentes políticas são inexoráveis, umbelical e ideologicamente ligadas ao atual governador. 

Essa realidade se faz mais nítida e aguçada quando Weverton Rocha-PDT e Simplício Araújo-SD, embora enveredando por vertentes opostas ao caminho de Brandão, declaram apoio à pre-candidatura de Flávio Dino ao Senado da República.

Temendo que Roseana Sarney, Josimar de Maranhãozinho, o senador Roberto Rocha e Edvaldo Holanda Júnior, entrem no pairo abrindo um leque mais amplo de opção do eleitorado maranhense, o gesto governista, reflete a estratégia de um consórcio previamente combinado para enfrentar uma eventual candidatura oposicionista na hipótese de um "segundo turno". 

Para Dino, o que lhe importa mesmo é conquistar uma confortável cadeira no Senado Federal, exibindo a imagem de um grande vencedor e líder político maranhense, a exemplo de José Sarney em mais de três décadas, de quem carrega uma inveja que não consegue ocultar.