O governador Carlos Brandão é um sertanejo determinado e conhecedor profundo dos anseios do povo maranhense. No entanto, infelizmente, o destino lhe impôs uma herança maldita oriunda das mãos cruéis e insensíveis do seu antecessor. Talvez o governante maranhense não saiba ou não é lembrado por seus assessores bem remunerados, que, os operadores da máquina estatal foram draconianamente perseguidos pelo utópico governano do senhor Flávio Dino.

Através do sindicato, oficialmente representante, a classe trabalhadora  lutou por uma reposição salarial de 21,7%, vencendo em todas as instâncias, logrando êxito até no Supremo Tribunal Federal-STF, onde com o objetivo puramente procrastinatório, o Estado alegou infrutiferamente uma descabida inconstitucionalidade. 

Depois da ação provida e transitada em julgado, só restava ao governo do Maranhão cumprir os acórdãos, depositando os recursos nas contas respectivas. Todavia, o senhor Flávio de Castro Dino, inegavelmente portador de profundo conhecimento jurídico, através da Procuradoria Geral do Estado-PGE, entrou com uma Ação Rescisória, também conhecida como Revisão Processual. Isto posto, tudo voltou à estaca zero e, ao que parece, o processo dorme em berço esplêndido em alguma gaveta magistral. 

Achando a desgraça pouca, o insensível Flávio Dino não se dignou em cumprir também a lei que instituiu o Plano de Cargos Carreiras e Salários do quadro de técnicos do Estatal. O resultado dessa gritante desumanidade é o congelamento dos salários dos técnicos há pouco mais de dez anos.

Inusitadamente depois de tanta maldade, o autor dessas atitudes anômalas teve uma arrancada política meteórica chegando à mais alta dijucatura brasileira, de onde comanda um grupo político no Maranhão através das sutis e tradicionais conversas de "pé de ouvido".

Diante de tão grosseiras maldades, só nos resta agora apelar para a sensibilidade do governador Carlos Brandão, para que atenda as legítimas reivindicações dos servidores estaduais  por se tratar da mais lídima e cristalina 

J U S T I Ç A 

J. J. Pereira - jornalista DRTMA 00613JP é curto e grosso.