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LEMBREI-ME DE 1990

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Depois das notícias bombásticas  procedentes dos bastidores  da Política maranhense, voltei a mente e o olhar para 1990 e apanhei num relance fatos que se assemelham e muito, o que presenciamos agora. Naquela época, com a investidura de Fernando Collor de Melo na Presidência da República, o grupo Sarney teve que  analisar com sabedoria aquele momento de águas bravias e duvidosas. Até então, Epitácio Cafeteira, Governava o Maranhão, e jurava de pés juntos que seu candidato a Governador seria o deputado Sarney Filho, fruto de um compromisso firmado ainda no alinhavar de sua candidatura em 1.986, sob as bençãos e a consagração do então Presidente da República José Sarney. Tudo bem, mas como ia dizendo: Com Collor, as sementes das incertezas começaram a ser plantadas no terreno dos Sarney,  obrigando a substituição de Sarney Filho por um nome de maior densidade eleitoral. Para essa missão considerada dificílima e espinhosa, deu-se a convocação do Senador Edison Lobão.

Na vertente oposicionista figurava com todo gás, o então Senador João Castelo, que conseguiu reunir todos os segmentos da oposição, exceto Jackson Lago e Conceição Andrade, que corriam por fora, ao que parece combinados para um encontro com o Governo no segundo turno, o que aconteceu. Mas apesar da força do Planalto e das grandes lideranças que cercavam Castelo, Lobão venceu com espetacular maioria na segunda etapa.

Em 2014, sem nem um desprezo ao valoroso Luis Fernando, as pedras do tabuleiro tiveram que ser movimentadas mais uma vez pelos dedos mágicos de José Sarney. De certo, que Lobão (pai), não dispunha de uma boa saúde e vitalidade física para atender a uma nova convocação, que seria de excelente valia e qualidade. Contudo, Soube, na condição de um pai de família exemplar, preparar  Edison Lobão Filho,  um jovem empresário e político competente para enfrentar mais um desafio. 

Diante desses fatos, nos restaria debruçar sobre uma análise profunda da questão. E, analisando com sabedoria, entender-se-ia, que esse ainda seria o melhor caminho.

Hoje, sem uma liderança previamente preparada, o comunista ora inquilino do Palácio dos Leões, busca luz em uma lamparina de dois bicos. Tudo está traçado no tabuleiro da estratégia palaciana. Carlos Brandão será triturado na hora certa, e o candidato ao governo do Eatado será mesmo Weverton Rocha, aquele mesmo que surrupiou mais de cinco milhões da reforma do Ginásio Costa Rodrigues, cujo processo dorme em berço esplêndido nas gavetas do STF, obrigando o senador a continuar de joelhos a dizer amém.

J. J. Pereira - jornalista  DRTMA 00613JP é curto e grosso.

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