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O QUE MUDOU NA POLÍTICA DO MARANHÃO ENTRE 1965 E 2021

O QUE MUDOU NA POLÍTICA DO MARANHÃO ENTRE 1965 E 2021

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Sob o comando do pernambucano de Arcoverde, Vitorino de Brito Freire, até na segunda metade da década de 1960, a política maranhense viveu mergulhada em uma oligarquia fétida e imoral. 

 

Na maioria das cidades maranhenses, os políticos ligados ao poderoso chefão, eram eleitos por uma avalanche de eleitores fantasmas, graças a aquiessência de magistrados de cérebros e consciências podres da época.

 

De Parnarama, o jovem líder estudantil José Barbosa Cardoso, inconformado com a fraude gritante que imperava vergonhosamente no município, denunciou o fato e pediu providências ao então deputado federal Clodomir Teixeira Miller, que também fora prejudicado na tentativa de chegar ao governo do Estado em 1960.

 

Com a investidura do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, na presidência da República, através do movimento revolucionário de 1964, o Tribunal Superior Eleitoral-TSE, deflagrou uma arrojada e criteriosa revisão eleitoral em quase todos os municípios maranhenses.

 

Veja qual o resultado:

A pequena cidade de Parnarama, que tornou-se a protagonista principal no combate à fraude eleitoral maranhense, figurava com 4.325 eleitores, ficando apenas com 849, portanto, livre de 3.476 votantes fantasmas, que davam suporte à oligarquia vitorinista que imperava naquele época sinistra das injustiças e das carabinas.

 

Com a bendita Revisão Eleitoral, foi possível editar no Maranhão um capítulo politico moderno e progressista, elegendo o jovem deputado federal José Sarney para o governo do Estado, pela vontade soberana do povo através de uma eleição totalmente limpa e democrática.

 

Hoje, passados cincoenta e seis anos, é natural que o Maranhão, tenha sofrido mudanças tanto no sistema eleitoral, quanto na forma de administrar. 

 

A fraude eleitoral, em determinados momentos existiu, embora por outros caminhos e métodos, sendo aos poucos substituída pela vergonhosa e desenfreada compra de votos e de consciências. E, quando necessário, políticos inescrupulosos chegam a comprar até sentenças a preços elevados das lavras nauseabundas de magistrados.

 

O mais gritante e estarrecedor, é que a grande maioria dos políticos consegue na corrupção, o dinheiro sujo para praticar esses atos sórdidos. Políticos assim, preferem que o povo continue pobre e miserável, para que, quanto mais ignorante e dependente, torne-se mais vulnerável. 

 

Para pôr fim, a essas práticas vergonhosas, seria necessário um novo Castelo Branco?

 

J. J. Pereira - jornalista DRTMA 00613JP é curto e grosso.

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