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Simplício diz que Brandão tem o dever de se pronunciar sobre suposto esquema de propina na Seduc

Simplício diz que Brandão tem o dever de se pronunciar sobre suposto esquema de propina na Seduc

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Assassinato de João Bosco ocorreu no dia 19 do mês passado.

O candidato ao Governo do Maranhão pelo partido Solidariedade, Simplício Araújo, classificou como muito grave um suposto esquema de tráfico de influência e pagamento de propina dentro da estrutura administrativa da Secretaria de Estado da Educação.

Araújo tratou do assunto ontem, durante debate realizado pela TV Cidade, afiliada da Rede Record – veja o vídeo no fim do texto.

E afirmou que o governador e candidato a reeleição, Carlos Brandão (PSB), tem o dever de vir a público se pronunciar sobre as denúncias.

“Agora mesmo, nós tivemos aqui em São Luís um assassinato pesado, bárbaro, que dizem que tem um envolvimento de uma liberação de cerca de 700 mil do Governo do Estado do Maranhão. Isso é muito grave e precisa ser esclarecido. O governador atual precisa se pronunciar sobre isso. E nós temos, na outra ponta, a Aged. Ontem cortaram a luz de Timon, hoje cortaram a luz de Vitorino Freire e os funcionários da Aged precisando receber cerca de 1 milhão e 300 e não tem esse dinheiro. Mais tem 700 mil, se for verdade. Por que esse tipo de assunto a gente não pode jogar para debaixo do tapete”, comentou.

A denúncia sobre o pagamento de propina na Seduc, mediante liberação de recursos públicos como forma de quitação de um processo pendente com uma empresa de segurança, foi feita por Gibson César Soares Cutrim, assassino confesso do empresário João Bosco Oliveira Sobrinho, amigo pessoal do vereador de São Luís, Beto Castro (Avante), e que foi executado no dia 19 do mês passado na área externa do Edifício Teach Office, no bairro da Ponta D´Areia, em São Luís.

Segundo Cutrim, em seu depoimento prestado na Polícia Civil, o crime aconteceu devido ao fato da vítima ter lhe ameaçado e exigido o pagamento de 50% de uma propina em cima de um valor de R$ 788 mil referente ao pagamento, por parte da Secretaria de Estado do Educação, de um processo pertencente a uma empresa de vigilância e que estava como restos a pagar desde 2015.

Beto Castro, segundo o acusado, teria utilizado de sua influência dentro da Seduc para viabilizar o pagamento do processo em um prazo de apenas 24 horas.

Cutrim, esta semana, ganhou liberdade através de um habeas corpus concedido pela Justiça.

Imagens exclusivas divulgadas pelo Blog do Jeisael Marx, nesta terça-feira, confirmam que um quarto elemento participou de parte da dinâmica do crime.

Nas imagens, é possível constatar que Beto Castro e João Bosco se encontram e, em seguida, reúnem-se em uma mesa com o homem careca.

Minutos depois, aparece Gibson Cutrim, que senta na mesma mesa do trio.

O homem careca, inclusive, puxa a cadeira para que o acusado pudesse se sentar.

Em determinado momento, o homem careca levanta-se para cumprimentar um homem de terno que passou pelo local da reunião.

Neste momento, observa-se que Gibson e Bosco começam a discutir de forma mais ríspida.

O acusado, então, sai na direção contrária e é acompanhado por Beto Castro.

No momento seguinte, ele retorna e executa o empresário, que já estava de pé.

Nem Beto Castro e, tão pouco, Gibson Cutrim, citaram em seus depoimentos a presença do quarto elemento.

 

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