Não condeno o reajuste salarial de Sua Excelência o governador do Estado, do vice e dos secretários estaduais. Esse ato se fez e/ou se faz necessário em razão da inoperância do governo central, cuja maior obra da sua utópica e mentirosa gestão é protagonizar uma inflação galopante e insuportável recessão economica. Ora, diante dessa melancólica realidade os senhores deputados estaduais e o Excelentíssimo senhor governador Carlos Brandão tiveram que tomar essa medida até certo ponto impopular.

Tudo bem, tudo perfeitamente compreensivo. No entanto, o que não pode ser compreensivo, nem aceitável é a ausência de lembrança ou sensibilidade dos senhores parlamentares e do nobre governador sertanejo do Maranhão quanto ao não cumprimento do Plano de Cargos Carreiras e Salários do quadro de técnicos da máquina estatal, culminando com o congelamento dos salários há dez anos. É claro que essa anomalia teve início no primeiro dia de governo do senhor Flávio Dino, que, infelizmente esse efeito maléfico perdura até hoje. Será que nem um representante do povo levou essa situação deprimente ao senhor governador? Ou será que o governador sabe de todo isso, e entende que os servidores prejudicados também não têm estômago? Na eleição passada, mesmo mentindo muito e enganando a todos o senhor Flávio Dino chegou ao Senado, e por consequência virou ministro do Supremo Tribunal Federal-STF. Todavia, o grande número de servidores do Maranhão pode se cansar de tanta humilhação e virem a fazer uma surpresa e grande diferença nas urnas em 2026.

Senhor governador, sou seu amigo J. J. Pereira; seu admirador e amigo histórico da sua família. Carrego comigo o orgulho de ser amigo em vida e morte do seu pai, o saudoso Carlos Orleans Brandão. Dele, guardo na memória os conselhos que partiam da grande amizade recíproca que o destino nos proporcionou. Do meu amigo Orleans Brandão, carrego no mais recôndito do meu ser a gratidão também por ter se aventurado em uma jeep a percorrer uma estrada íngreme de Pastos Bons para Paraibano, com a finalidade exclusiva de salvar a minha vida em 1954, se não me engano. São fatos indeléveis na minha memória e em meu coração. Portanto, senhor governador, como seu amigo dentro e fora do campo político, apelo para a sua sensibilidade de homem sertanejo para que ponha em prática a mais lidima e cristalina Justiça para com o quadro de técnicos do Estado. 

J. J. Pereira - jornalista DRTMA 00613JP é curto e grosso.